quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sobre arbitragem

O pedido agora é regulamentação da profissão
Arthur Alves Júnior, presidente do Sindicato de Árbitros de Futebol de São Paulo, revela ao site BOM DIA que irá pedir a regulamentação em vez de lutar pela profissionalização da arbitragem, antigo sonho da categoria.

Antigo sonho dos árbitros de futebol, a profissionalização deixou de ser o principal desejo de luta da classe no mundo do futebol. Agora a luta é pela regulamentação da modalidade de árbitro de futebol. É o que garante o presidente da Safesp (Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo) Arthur Alves Júnior. Em visita ao BOM DIA, ele comentou que pretende levar o projeto ao governo federal. "A nossa atividade é a única não profissional no meio do futebol. Até os gândulas hoje já possuem um sistema profissional. Mas o que queremos agora é a regulamentação da modalidade. É fácil lutar pela profissionalização, mas quem vai pagar a conta? Só em São Paulo temos 575 árbitros. Queremos propor no governo federal a regulamentação um projeto com benefícios para empresas que possuem os árbitros em seus quadros de funcionários. Até o meio do ano que vem teremos formatado esse projeto", garante o presidente.

Arthur Alves Júnior tomou posse em abril de 2011 como presidente do Sindicato. Sua principal luta é aumentar o número de associados do sindicato. Nos últimos meses, o quadro de associados pulou de pouco mais de 200 para 500 associados. Para isso, realiza conferências e encontros no interior paulista, para atrair os árbitros de futebol dos pequenos centros. "Esse é o papel do sindicato. Queremos ir até o interior e realizar cursos de aprofundamento. Numa escala maior o nível da nossa arbitragem é boa, mas num nível amador ainda é pequeno. Vamos aprimorar esses árbitros e mostrar o sindicato a eles. Tanto que já criamos até um material didático com as regras do jogo", contou em Bauru, quando ministrou uma conferência na última sexta-feira, dia 26.

Por fim, o presidente Arthur Alves Júnior ainda garante que lutará para aumentar a taxa destinada aos árbitros, entre outros benefícios - atualmente um árbitro FIFA em São Paulo ganha cerca de R$ 2,5 mil, mas quem apita na Copa Paulista, por exemplo, ganha apenas R$ 350, além do carro fretado pago pela FPF.  "As nossas taxas são as melhores do país, tanto que é usado até pela CBF, mas queremos aumentá-la. Árbitro que apita na quarta divisão, por exemplo, precisa de investimento, senão ele não sobrevive. Queremos mostrar que estamos aqui para proteger os árbitros. Ninguém pode fazer o que quer com a arbitragem", argumentou.

Gustavo Longo: Agência BOM DIA  

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Cubro todo o esporte amador, mas este Blog surgiu da necessidade de se ter um maior espaço para a divulgação da atividade no Vale do Jaguari. Como a coisa tomou vulto enveredei para a cobertura da Copa Sub 17 FGF. Tudo graças a bela campanha do Cruzeiro Esporte Clube. Daí para outros temas do amador foi um passo............