Atlético-PR tira atléta do Inter/tira atléta do Atlético-PR
Pedro Venancio - 06/04/2012 (Site:Olheiros do Futebol)
Na busca incessante dos clubes brasileiros por talentos, não há santos. E nem demônios. Acusações de roubo de jogadores são frequentes no meio, e acusadores e acusados se confundem muitas vezes. Há também as disputas silenciosas, veladas, que acontecem aos montes e podem interferir em várias carreiras. É o caso de Atlético Paranaense e Internacional, que agora disputam atletas uns dos outros.
O Atlético Paranaense conseguiu o que muita gente tenta em vão: tirar um atleta do Internacional, no caso o centroavante /95 Guilherme. Nascido no Distrito Federal, ele foi o artilheiro da Copa Rio Preto Sub-17 de 2012 com sete gols e chamou a atenção inclusive de clubes do exterior, se destacando pela força física e pela boa presença de área, atributos fundamentais para um jogador da posição.
Guilherme fez o mesmo caminho de Taiberson, que foi dispensado do Inter antes de assinar com o Furacão e hoje é apontado como um dos melhores atacantes brasileiros da geração /93. Destaque na Copa São Paulo, pode atuar como primeiro ou segundo atacante e está com a seleção sub-20 que disputa o Torneio MIC em Barcelona.
Voltando ao assunto da briga por jogadores, o Inter contragolpeou na mesma moeda: tirou Alisson “Azul”, meia-atacante /96 do Atlético Paranaense, que era tratado como joia dentro da Arena da Baixada e é descrito por Erasmo Damiani, ex-chefe do departamento de captação do Furacão, como “um menino de drible curto, vertical, com muito potencial’. Nascido em Lages, interior catarinense, começou a jogar futsal no Ki Bola e lá chamou a atenção do Furacão, onde foi destaque do último Campeonato Paranaense Sub-15 junto com o centroavante Nathan e o zagueiro canhoto Leonardo. Os três só não foram para a seleção sub-15 em 2011 porque o clube tem a política de não liberar seus jogadores que não têm contrato.
Também foi para o Inter o volante Matheus Rosseto, que também pode atuar como lateral direito e possui, de acordo com Damiani, uma maturação baixa, o que faz com que possa evoluir muito o seu futebol.. O sonho de consumo dos gaúchos, assim como de grande parte dos clubes brasileiros, seria Marcos Guilherme, tido como melhor /95 do Brasil e cujo contrato profissional tem duração apenas até agosto desse ano. E o maior poder de fogo dos gaúcho nos faz crer que essa negociação não seja impossível.
Guilherme, Alisson e Matheus Rosseto, envolvidos em uma disputa, terão que conviver com realidades diferentes. Atraídos por boas somas financeiras, os dois precisarão justificar dentro de campo o investimento feito. E ambos chegam para suprir carências em suas gerações: Guilherme vem para dar mais poder de fogo ao ataque /95 do Furacão, mas terá que lidar com o fato de ser protagonista – Marcos Guilherme certamente queimará etapas. Alisson, por sua vez, acrescentará o que falta em criatividade ao time /96 colorado, mas terá de se adaptar a um time bastante competitivo, no qual podem chegar novos atletas para sua posição a qualquer momento. E já mostrou com os dois gols na estreia que está disposto a crescer no Colorado.
De negativo, resta lamentar o fato deste tipo de coisa ainda ser visto. Clubes que fazem isso praticam a "lei da selva", mas depois dão uma de “João-Sem-Braço” e fingem que não é com eles, além de acusar os outros. Essa disputa, além de tornar complicadas as relações entre as equipes, inflaciona o valor de mercado de determinados jogadores, que chegam a pedir salários equivalentes aos de atletas profissionais para assinar contratos. Num primeiro momento, isso parece muito positivo, mas as possíveis consequências negativas podem ser nefastas e acabar com a carreira do próprio atleta. É importante buscar um equilíbrio e fazer com que isso pese na hora da decisão para que a cabeça do jogador não seja afetada e isso não o prejudique no futuro.
Pedro Venancio - 06/04/2012 (Site:Olheiros do Futebol)
Na busca incessante dos clubes brasileiros por talentos, não há santos. E nem demônios. Acusações de roubo de jogadores são frequentes no meio, e acusadores e acusados se confundem muitas vezes. Há também as disputas silenciosas, veladas, que acontecem aos montes e podem interferir em várias carreiras. É o caso de Atlético Paranaense e Internacional, que agora disputam atletas uns dos outros.
O Atlético Paranaense conseguiu o que muita gente tenta em vão: tirar um atleta do Internacional, no caso o centroavante /95 Guilherme. Nascido no Distrito Federal, ele foi o artilheiro da Copa Rio Preto Sub-17 de 2012 com sete gols e chamou a atenção inclusive de clubes do exterior, se destacando pela força física e pela boa presença de área, atributos fundamentais para um jogador da posição.
Guilherme fez o mesmo caminho de Taiberson, que foi dispensado do Inter antes de assinar com o Furacão e hoje é apontado como um dos melhores atacantes brasileiros da geração /93. Destaque na Copa São Paulo, pode atuar como primeiro ou segundo atacante e está com a seleção sub-20 que disputa o Torneio MIC em Barcelona.
Voltando ao assunto da briga por jogadores, o Inter contragolpeou na mesma moeda: tirou Alisson “Azul”, meia-atacante /96 do Atlético Paranaense, que era tratado como joia dentro da Arena da Baixada e é descrito por Erasmo Damiani, ex-chefe do departamento de captação do Furacão, como “um menino de drible curto, vertical, com muito potencial’. Nascido em Lages, interior catarinense, começou a jogar futsal no Ki Bola e lá chamou a atenção do Furacão, onde foi destaque do último Campeonato Paranaense Sub-15 junto com o centroavante Nathan e o zagueiro canhoto Leonardo. Os três só não foram para a seleção sub-15 em 2011 porque o clube tem a política de não liberar seus jogadores que não têm contrato.
Também foi para o Inter o volante Matheus Rosseto, que também pode atuar como lateral direito e possui, de acordo com Damiani, uma maturação baixa, o que faz com que possa evoluir muito o seu futebol.. O sonho de consumo dos gaúchos, assim como de grande parte dos clubes brasileiros, seria Marcos Guilherme, tido como melhor /95 do Brasil e cujo contrato profissional tem duração apenas até agosto desse ano. E o maior poder de fogo dos gaúcho nos faz crer que essa negociação não seja impossível.
Guilherme, Alisson e Matheus Rosseto, envolvidos em uma disputa, terão que conviver com realidades diferentes. Atraídos por boas somas financeiras, os dois precisarão justificar dentro de campo o investimento feito. E ambos chegam para suprir carências em suas gerações: Guilherme vem para dar mais poder de fogo ao ataque /95 do Furacão, mas terá que lidar com o fato de ser protagonista – Marcos Guilherme certamente queimará etapas. Alisson, por sua vez, acrescentará o que falta em criatividade ao time /96 colorado, mas terá de se adaptar a um time bastante competitivo, no qual podem chegar novos atletas para sua posição a qualquer momento. E já mostrou com os dois gols na estreia que está disposto a crescer no Colorado.
De negativo, resta lamentar o fato deste tipo de coisa ainda ser visto. Clubes que fazem isso praticam a "lei da selva", mas depois dão uma de “João-Sem-Braço” e fingem que não é com eles, além de acusar os outros. Essa disputa, além de tornar complicadas as relações entre as equipes, inflaciona o valor de mercado de determinados jogadores, que chegam a pedir salários equivalentes aos de atletas profissionais para assinar contratos. Num primeiro momento, isso parece muito positivo, mas as possíveis consequências negativas podem ser nefastas e acabar com a carreira do próprio atleta. É importante buscar um equilíbrio e fazer com que isso pese na hora da decisão para que a cabeça do jogador não seja afetada e isso não o prejudique no futuro.
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