Hoje estou me redimindo de uma grande falha. Não registrei e nem me manifestei sobre o falecimento de Airton Ferreira da Silva, o "Pavilhão", maior ídolo em toda a história do Grêmio Football Portoalegrense.
Falar sobre ele não é necessário, pois quem conhece futebol conhece sua história. Mas quero fazer este registro, pois mesmo sendo torcedor do Internacional, sempre admirei os grandes jogadores de outras equipes.
E com o Airton, especialmente, eu tive um relacionamento profissional relâmpago, mas que marcou pela oportunidade de com ele estabelcer um vínculo de amizade.
No início da década de 70 ele treinou a A Associação Cruzaltense de Futebol (ACAFOL), aquela que o Fernando Veríssimo chamava de "charope". Na oportunidade eu era preparador físico da equipe. Com ele jogaram Paulinho, seu sobrinho (depois trocado por uma cavalo,pelo presidente "Jacaré", Ronaldo, Teteu, Pitico, Joares Cambalhota (hoje Joares Manco), Banana, Selmar, Rogério, Miguel Amaral e outros.
Lembro que, para jogar em Santa Maria,contra o Inter de Plein e Cia, ia faltar zagueiro. Airton, mesmo sem estar fichado como jogador, deu um jeito, vestiu a camiseta número 3 e foi para o campo. Como malandro, colocou o Miguel Amaral, que corria que nem um cavalo, a jogar à sua frente, como um líbero. O "Pavilhão" só rebatia as bolas ou as dominava com categoria para sair jogando, mas na hora de marcar o "Véio" Miguel Amaral fazia tudo.
Não esqueço, também, o episódio em que a torcida se revoltou contra ele e eu tive que tirá-lo do Estádio do Morro dos Ventos Uivantes no meu fusca. Ele não gostou nada daquilo: Queria enfrentar a torcida e acabou dando uma bronca em mim.
Se hoje, em Porto Alegre ou pelo estado do RS alguém perguntar:Qual foi a última camiseta de equipe profissional que o "Pavilhão" vestiu, poucos sabem que foi a da ACAFOL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário