terça-feira, 3 de abril de 2012

Pequenos bons de bola!

Os Gigantes são do Pará e de outros estados como Piauí e Maranhão

Semelhanças com a aparência ou com o estilo de jogo rendem a eles apelidos de jogadores da elite do futebol brasileiro, como Vagner Love que tem 21 anos e 1,21 cm: o penteado e os dribles durante as partidas lhe renderam o apelido. Assim como Vagner Love, Paulo Nunes e Mineiro também são outros apelidos dados a integrantes do Gigantes do Norte.
A única exceção do time é o goleiro. Telmo Ferreira não é anão. Segundo Lucena, seria a única posição em que os outros times poderiam tirar vantagem pelo fato da estatura.
Recursos
Atualmente, os Gigantes do Norte cobram R$ 5 mil reais por cada partida que fazem. Desse recurso é que sai o pagamento do apartamento alugado em Belém, uma quantia que é divida entre os jogadores, e outra parte serve para custear outras despesas da equipe. Segundo a direção do time os recursos são poucos, mas por enquanto é o disponível para a compra de chuteiras e outros materiais esportivos utilizados por eles.
Os jogos são com escolinhas infantis, sub 15 e mulheres e outras equipes também de portadores de necessidades especiais. A equipe sonha também que outros times sejam criados em outros estados possibilitando uma competição entre eles, no estilo de um campeonato brasileiro. “Nossa intenção é essa. Se existe uma olimpíada para quem joga basquete em cadeira de rodas, por que os anões também não podem jogar futebol?”, lembra sua direção referindo-se às Paraolimpíadas. A falta de recursos também dificulta a ampliação do time. A equipe tem recebido diversas solicitações de anões que querem integrar o Gigantes do Norte, mas, com a falta de um patrocinador, é difícil assumir as despesas de novos integrantes.
Preconceito
O zagueiro Capacidade diz já saber lidar com o preconceito, mas acredita que fora dos gramados ele ainda é bem maior. “O preconceito existe e ele se mostra das piores maneiras. Nós vamos a um banco tirar dinheiro, não existe um caixa adaptado para nós, nos banheiros é a mesma coisa. Se vamos a um show, não tem como ficarmos a vontade, a gente corre o risco de ser até pisoteado. Então isso tem que mudar”.
Lucena ressalta que o fato deles já saberem lidar com o preconceito e o entendimento que eles têm de que possuem as mesmas potencialidades do que pessoas que não sofrem de nanismo, fez a sociedade mudar a visão sobre eles. “Hoje, por vestir a camisa do Gigantes, eles estão felizes. Eles nunca tiveram outra chance senão ser palhaço de circo ou animador de festa infantil. Agora podem sonhar. Estão felizes e se sentem mais valorizados”, afirma Lucena.

Em novembro de 2011 eles estiveram no Programa do Jô.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cubro todo o esporte amador, mas este Blog surgiu da necessidade de se ter um maior espaço para a divulgação da atividade no Vale do Jaguari. Como a coisa tomou vulto enveredei para a cobertura da Copa Sub 17 FGF. Tudo graças a bela campanha do Cruzeiro Esporte Clube. Daí para outros temas do amador foi um passo............