“Patrocínio Mensaleiro “
Otávio Cabral
O mensalão não é o único problema do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Condenado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que já o colocou na ante-sala da prisão, o petista também está sendo investigado por outras irregularidades ocorridas no período em que ocupou o cargo. Um inquérito da Polícia Federal apura as responsabilidades pelos repasses ilegais que o Banco do Brasil fez para competições esportivas organizadas pela agência de marketing Koch Tavares. Em cinco anos, o banco remeteu à empresa mais de 20 milhões de reais para patrocinar competições de tênis, vôlei e futebol de areia. Eventos que contaram com a participação de astros do esporte, como Gustavo Kuerten, o maior tenista da história do Brasil. A polícia já descobriu que uma parte desse dinheiro não chegou ao destino. Assim como no mensalão, sumiu. Assim como no mensalão, simulou-se a realização de serviços que nunca existiram. Assim como no mensalão, há suspeitas de que os recursos foram desviados para os bolsos de pessoas e empresas ligadas ao PT.
O departamento de marketing patrocinou, por exemplo, o Desafio de Vôlei de Praia da Bahia. Pagou 350000 reais. E quem ganhou o desafio? Ninguém, porque ele nem sequer foi realizado. As fraudes são variadas. Há casos de torneios patrocinados pelo banco que foram efetivamente realizados, mas que não contaram com uma única placa de patrocínio. E há os casos em que houve o torneio e o patrocínio, mas os preços contratados estavam muito acima dos de mercado.
Otávio Cabral
O mensalão não é o único problema do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Condenado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que já o colocou na ante-sala da prisão, o petista também está sendo investigado por outras irregularidades ocorridas no período em que ocupou o cargo. Um inquérito da Polícia Federal apura as responsabilidades pelos repasses ilegais que o Banco do Brasil fez para competições esportivas organizadas pela agência de marketing Koch Tavares. Em cinco anos, o banco remeteu à empresa mais de 20 milhões de reais para patrocinar competições de tênis, vôlei e futebol de areia. Eventos que contaram com a participação de astros do esporte, como Gustavo Kuerten, o maior tenista da história do Brasil. A polícia já descobriu que uma parte desse dinheiro não chegou ao destino. Assim como no mensalão, sumiu. Assim como no mensalão, simulou-se a realização de serviços que nunca existiram. Assim como no mensalão, há suspeitas de que os recursos foram desviados para os bolsos de pessoas e empresas ligadas ao PT.
O departamento de marketing patrocinou, por exemplo, o Desafio de Vôlei de Praia da Bahia. Pagou 350000 reais. E quem ganhou o desafio? Ninguém, porque ele nem sequer foi realizado. As fraudes são variadas. Há casos de torneios patrocinados pelo banco que foram efetivamente realizados, mas que não contaram com uma única placa de patrocínio. E há os casos em que houve o torneio e o patrocínio, mas os preços contratados estavam muito acima dos de mercado.
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Lá ,como aqui!
Transcrevo parte do texto do Olavo Cabral, publicado na última edição da Revista Veja, tratando do mensalão e trazendo um ponto específico: verba que o governo jogou para o esporte e que acabou sendo desviada, para relacioná-lo com o que aconteceu bem aqui, na nossa cara. O governo do estado de Santa Catarina destinou 150 mil reais para a Liga Araranguaense de Futebol para o tal projeto “ Destaques do Futebol Araranguaense”. Você viu alguma faixa, algum cartaz, alguma divulgação na imprensa sobre esse tal projeto? É claro que não, pois ele não aconteceu. Mas e o dinheiro ? Onde foi parar ?
Lá, como aqui, o Ministério Público já sabe o que aconteceu e como lá, também aqui, a sociedade terá uma resposta, para sua satisfação.
É assim que se pretende minimizar a corrupção neste país.
O que é lamentável é que deixam acontecer. O quê se apura hoje são casos ocorridos há muito tempo. Vejam no caso da LAF, a verba veio em 2007 e eu protocolei a denúncia no MP e no TCE em 2009. Os dois processos ainda estão andando.
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