Fator de Opinião

A depuração no Projeto Tigrinhos (08/08)-Reprise

“Num processo natural de seleção de valores, o Projeto Tigrinhos deu início a escolha dos meninos que mais se destacam nas peneiras realizadas em Criciúma, dentre os que integram os diversos núcleos representativos dos municípios que aderiram a ele.

É claro que um número significativo de garotos ficará muito satisfeito ao ser selecionado e passar a integrar a seleção de base do Criciúma, tendo uma melhor estrutura de trabalho pela frente.

Mas a grande maioria, aquela que não será escolhida, até porque, o Criciúma projeta o futuro e está a procura de novos craques para suas fileiras e precisa depurar, certamente ficará frustrada.

E nesse momento que os pais e instrutores deverão entrar em ação para ajudar estes meninos a superar isso. Que ninguém desista pelo meio do caminho porque não foi escolhido. É preciso persistir, pois outras oportunidades virão. Mas se também, nas outras oportunidades não recair sobre si a escolha, o garoto deve ter a estrutura para suportar o baque e saber que o projeto tem visão mais ampla e que vê, também, além do craque, a formação do cidadão.

A prática do futebol, de forma organizada, disciplinada e metódica, contribui em muito para a formação de nossos jovens. Por isso é importante destacar o espírito sob o qual o projeto Tigrinhos foi concebido.

Trata-se, hoje, ao lado do Anjos do Futsal, o mais importante e bem montado programa de preparo de crianças, não só para a prática do esporte, mas para o enfrentamento das dificuldades que a vida sempre oferece.”

Nota do colunista:

Reprisei o comentário, que fiz em 8 de agosto enfocando este tema, porque fui abordado pelo pai de um menino que integrou a escolinha do DME e que afirma que o menino não teve aproveitamento e que se sentiu muito frustrado.

Conversei demoradamente com este senhor, pessoa humilde e de poucos recursos e lhe mencionei o comentário acima. O cidadão ganhou ânimo e garantiu que o filho volta para a escolinha no ano que vem e que ambos terão outra mentalidade.

Ainda sobre o DME e sua triste realidade

Todos sabemos que o profesor Darlan Vargas é batalhador e que sempre trabalhou pelo bem e engrandecimento de nosso esporte. Como auxiliar do Arilton Costa ou como diretor interino, sempre procurou fazer o melhor e laborou com afinco e determinação. Mas coitado, sózinho, fazer o quê?

Para a realização da 4ª Etapa do Campeonato Estadual de Karatê, promovido pela Academia Figther e realizado pela FCK, o professor Darlan deu todo o apoio, como deu a tantas outras competições e entidades que promovem o desporto no município.

Mais uma vez ele pagou o pago. Além da ajuda financeira o DME entrou com o apoio logístico e uma das missões era trazer de Joinville as peças que comporiam os tatames para as lutas.

Um dia antes da competição, lá se foi o caminhão da PMA para Joinville para buscar o equipamento. Segundo o motorista, não tinha ninguém para carregar o caminhão. Ele deu um jeitinho e retornou para Araranguá. Por falta de comunicação vieram peças a mais; se eram necessárias 120, vieram 400. Aqui chegando, não tinha ninguém para descarregar. Sobrou para quem? Ora, para o professor Darlan, misto de diretor interino e chapa, ou pelêgo (que é o obreiro do circo), se o termo não for ofensivo.

Entro nestes pormenores para que tais fatos não se repitam na gestão Luciano Pires.