O Campeonato de Base

O mérito, é claro, é de quem fez !
O Campeonato Municipal de Base, graças ao empenho do Prefeito Júlio Ruivo e da dedicação e desprendimento do Luciano Vieira, tornou-se um realidade em Santiago. Por este aspecto, eu que sempre propugnei por sua realização, para ver um número maior de garotos jogando futebol, estou imensamente feliz. Não só por me ouvirem, pois eles tinham as mesmas convicções minhas, mas Ruivo e Vieira tornaram concreto algo que há muito se almejava e que se sabia, viria a prencher uma lacuna existente em nosso esporte. Mas se estou feliz por este aspecto, estou muito triste por outro.
Sempre ví nas práticas esportivas para os jovens a oportunidade de socializá-los, de educá-los, de prepará-los para os embates da vida. A prática esportiva é o melhor caminho, mas ela precisda ser racional, educativa, disciplinada e sua atividade fim deve convergir para o sentido maior da cidadânia. Não se pode pretender que, em competições menores, só se almeje a conquista de títulos. O que vale, como dizia Pierre de Fred, o (Barão de Cobertin): " O importante é competir."
Infelizmente não foi o que se viu na decisão da categoria sub 15, exatamente quando jogavam equipes que tinham em seu bojo atletas que pertencem a um mesmo grupo, o Cruzeiro/BPF.
Por todas as demonstrações de despreparo, de desequilíbrio emocional e pela falta de educação demonstrada por atletas, país, diretores e treinador, se pode dizer que algo está errado no BPF. Esses meninos estão desvirtuando a prática esportiva proporcionado por este importante órgão que, com sacrifício, a administração do Prefeito Júlio Ruivo lhes coloca à disposição.
Quando eu ví e ouvi, um filho ofendendo o próprio pai com palavras de baixo calão, nada mais precisaria ver ou ouvir. Mas mesmo assim, ainda ví e ouvi, um garoto de 14 anos, que afirma não ser daqui e que pouco está ligando para o que pensem dele, ofender ao árbitro e chamá-lo para a briga, o caldo entornou. Minha decepção foi total.
Mas em que mundo estamos vivendo ? O que estava em disputa para justificar tudo o que se viu ?
Entendo que o pai do menino que praticou uma jogada violenta e desleal contra seu adversário, mas colega de futebol, passou por um constrangimento inesperado.
Eu estava alí, assistindo a tudo e sem acreditar no que via e ouvia. Logo eu que entendia que seria através do futebol de base que mudariamos nossa realidade, que poderíamos afastar aqueles que já estão viciados e que vira e mexe estão como réus nos bancos da justiça desportiva.
Se estes jovens continuarem assim, que futuro nos espera ? Ser não tivermos, realmente, pessoas capacitadas para serem árbitros qualificados, o quê será do nosso esporte ? Sobre tudo isso é preciso refletir. Refletir e agir!
mas, principalmente, sobre como as coisas vem sendo conduzidas no BPF, é preciso uma reflexão maior.
Não adianta a piscicologia da URI, que não está surtindo efeito. É preciso que os pais parem de incomodar e passem a auxiliar o processo. Os meninos precisam ter palestras com pessoas experuientes, conhecedores do esporte e da vida (não precisam ser piscicólogos), para entenderem como são as coisas.
Se não salvarmos estes jovens (claro que se trata de uma minoria), será como mantermos o joio integrado ao trigo.