Potencialidades não exploradas
Numa análise específica do segmento esportivo, eu diria que a região sul de Santa Catarina, notadamente da AMESC, possui um potencial físico não explorado, na sua plenitude.
Como militar do Exército percorri este país por diversos rincões, mas notadamente, servi por muitos anos no Rio Grande do Sul. As dimensões territoriais do RS se sobrepõe as de SC, disparadamente. Afora a região metropolitana de Porto Alegre, no mais, tudo é longe no meu Rio Grande.
Em Santiago, donde vim, os clubes amadores que participam de competições regionais, viajam, no mínimo, quarenta quilômetros para jogar uma partida de futebol, futsal, ou seja a modalidade que quiser. Por vez essa distância se multiplica por quatro.
Tudo é muito difícil, mas mesmo assim, os municípios daquela região tem investido maciçamente no esporte.
Santiago tem, uma “Escola Municipal de Esportes”e o “Projeto Bola Pro Futuro”, onde as crianças praticam as mais variadas modalidades esportivas, sempre no contra turno escolar. O município investe mais de 1 milhão de reais por ano para a manutenção da atividade esportiva e tudo com recursos próprios.
Em conseqüência: Santiago, cidade que fica quase na fronteira com Uruguai e Argentina, não vê crianças carentes pelas ruas; seus jovens estão afastados das drogas e muitos se encaminhando até profissionalmente pelo esporte. A Copa Santiago é outra atividade subsidiada pela prefeitura e muitos craques têm nascido ali para o mercado mundial.
Porquê estou escrevendo isto ? Para fazer um comparativo e uma análise de nossas potencialidades aqui no Sul de Santa Catarina. Potencialidades estas que não são adequadamente exploradas.
A proximidade dos municípios
Aqui todos os municípios são próximos e as estradas são excelentes e isso propicia economia nos deslocamentos e na coordenação de competições.
É justo reconhecer que a AMESC faz a sua parte promovendo competições regionais em diversas modalidades. Mas não é o suficiente para a demanda, principalmente quando se trata das faixas etárias mais baixas.
É preciso massificar mais as práticas esportivas. Dizem que o estado faz isto através de seus campeonatos, de todos os tipos. Parece que já não é mais esta a visão que os professores de educação física tem disso. Inclusive, um seminário está sendo proposto para se discutir o assunto.
Santa Catarina, que já serviu de exemplo para o Rio Grande do Sul, começa a perder espaço.
Araranguá, especificamente, precisa investir mais em equipamentos (ginásios e campos nas periferias) e valorizar mais a mão de obra (professores de educação física), que tem à disposição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário