Grêmio
e seu negócio da China
Como sempre acontece, diretores de futebol administrando
para meia dúzia de torcedores doentes e passionais. Mas também não deixam de
administrar para elevar seu próprio ego.
Todos esses fatores aconteceram na decisão do Grêmio em
fazer um estádio novo. Bom, lindo estádio, inegável, mas suas conseqüências são
inúmeras e cruéis, muito cruéis, e paulatinamente começam a vir a público esses
problemas, que trazem ao clube uma bola de neve financeira. Um dos mais graves
problemas é sobre a migração dos associados mais antigos, ou seja, aqueles que
têm entrada gratuita ao estádio por toda a vida. Para manter esses sócios, algo
que não pode ser revertido, além de graves multas, desacreditaria o quadro
social, algo que se deve cuidar muito, pois esses são fiéis e colaboram com o
clube de maneira fixa, não sendo notórios em arrecadações voláteis.
A instituição tem
um enorme desafio, pois além do fato de que a Arena Grêmio será controlada pela
AOS (empreiteira baiana) por 20 anos, prazo conhecido desde a criação da planta
do novo estádio, agora que o clube tem que pagar em torno de R$41milhões anuais
para manter seu sócio tendo acesso livre ao estádio é pesado demais, imagine
você quanto o Grêmio irá gastar ao decorrer de 20 anos? Fontes do clube marcam que o Grêmio já teria
uma divida acumulada no ano de mais de R$13 milhões de reais. Não quero
imaginar o que a instituição deverá ter em dezembro deste ano. O valor gasto pelo
Grêmio pagando aluguel de seu suposto estádio, bom, porque é suposto mesmo,
quase alcança à cota de TV correspondente a competição nacional, é muito
dinheiro. Se o clube pagar a AOS e a gestora do estádio Arena Porto-Alegrense,
existe uma gestora, pois literalmente não é clube quem cuida dos assuntos do
estabelecimento, não terá dinheiro para cobrir a folha salarial, que hoje é
maior que a do arqui rival Internacional.
Esse sim é um
negócio da China, com o qual ofendo os chineses que hoje são a segunda maior
economia do planeta, ou seja, não são ruins de negócios.
Se o Grêmio não chegar às finais da Taça Libertadores da
América a instituição abrirá um dos maiores rombos financeiros de sua história.
Que não venha Fábio Koff transferir responsabilidades, pois ele sabia muito bem
como era a negociação com a empreiteira AOS, já que é conselheiro do clube e o
projeto, obviamente, passou antes de tudo pelo conselho deliberativo.
Uma série de
erros, trazido a tona por homens que colocam diante do interesse de um clube
histórico e com milhões de torcedores, seus interesses pessoais, fazem de um
clube de futebol plataforma eleitoral para outras instituições, despreocupados
verdadeiramente com a agremiação. Quero lembrar que Fábio Koff só voltou ao
Grêmio porque o clube dos 13 onde foi presidente por longos anos não serve hoje
para nada, pois os clubes brasileiros negociam as cotas de TV de maneira
individual e que o ex-presidente Paulo
Odone é deputado estadua,l por mais de um mandato e começou tudo no Grêmio.
Lamentável realidade.
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