Fator de Opinião - Enfoque Popular 21 11 -

Começar do zero

O modelo que aí estava não serve para nada e efetivamente, o pessoal que sai do departamento de esportes, nada deixa de concreto para que seus sucessores possam aproveitar.

Em termos materiais, a reforma do Bolha, até pode ser considerada como uma conquista, mas também não foge do que era obrigação. O mapeamento e a designação do local para a construção do poliesportivo, talvez, também possa ser considerado.

No mais, o Luciano Pires e sua equipe, ainda em processo de montagem, terá que partir do zero e reformular todos conceitos.

Acredito que o primeiro deles seja no tocante a projeção dos objetivos, definir exatamente a linha de ação do DME, até que se refaça a FME.

Araranguá, não resta dúvida, terá que buscar exemplos por aí. Aqui, bem próximo, temos o Morro Grande dando uma demonstração inequívoca de como as coisas podem ser feitas na condução do esporte amador. Lá a prefeitura faz um grande investimento, mas busca, também, na iniciativa privada e junto a população, os recursos para a demanda do esporte.

Mais distante daqui, no RS, mais exatamente de Santiago, donde vim, temos um exemplo melhor ainda. A prefeitura municipal investe mais de um milhão de reais por ano no esporte e obtêm os melhores resultados no campo social.

A Escola Municipal de Esportes, que tem o Projeto Bola Pro Futuro como carro chefe, faz com que o município não tenha nenhum menino ou menina pelas ruas e o combate ao uso das drogas começa por aí.

Santiago possui 7 ginásios cobertos, três campo de futebol e  está construindo uma arena multiuso. A Universidade Regional Integrada (URI) é parceira da prefeitura na gestão esportiva.

Meninos e meninas, a partir dos 9 anos de idade, todos estão na prática do esporte e o município participa de várias competições regionais ou estaduais, em todas as modalidades que pratica.

Se hoje houvesse troca na administração municipal de Santiago, o pessoal que sairia deixaria um legado  extraordinário para seus sucessores, mas não será o caso, por que o prefeito se reelegeu, mesmo sem fazer campanha, apenas uma carreta no sábado que antecedeu a eleição e fez mais de 68% dos votos válidos. Há quem afirme que a gestão esportiva foi uma das responsáveis por essa vitória expressiva.

Onde e no quê investir

É claro que, no primeiro ano, será complicado administrar as coisas do esporte, pois não existe orçamento específico. Será preciso fazer ginástica para atender a demanda. Mas depois, daí, quem sabe, como a Fundação já em funcionamento e com orçamento previsto, se possa fazer a gama de trabalhos e obras que são necessários para que se possa praticar um esporte condizente na cidade.

Entendo que se deve investir no UCCA, nos campos que já estão disseminados pela periferia, como Coloninha e outros. A área do Ginásio Mário Canella deve receber melhor atenção e poderá servir para abrigar a estrutura do departamento de esportes, liberando o centro Cultural para a sua verdadeira finalidade.

As escolinhas, que até agora não deram certo, precisam receber atenção especial e uma nova dinâmica de desenvolvimento.

A formação de equipes representativas ou apoio para equipes que possam representar o município, deve ser dado. Hoje a Faculdades Futurão nos representa no cenário regional, mas ninguém toma conhecimento. Isso precisa mudar. Araranguá precisa ter equipes disputando o Regional da LARM e a Copa Sul dos Campeões.

Futsal

Já que falei na Faculdades Futurão, o time do professor Jôny joga hoje à noite no Padre Ézio Jully a partida de volta da fase semifinal da LAC contra Morro da Fumaça. Lá  o time da Faculdades venceu pelo placar de 6 a 2.